" O temor do Senhor é o princípio da  ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a  instrução".
                                                                                           Pv 1 : 7
CONSIDERAÇÕES SOBRE A “FESTA DE SÃO JOÃO”
Originalmente  o calendário religioso utilizado pela Igreja era uma adaptação dos calendários  grego e romano, e portanto foi bastante influenciado por importantes eventos  pagãos. 
1. AS FESTIVIDADES RELIGIOSAS. 
A partir  da Idade Média, o calendário romano foi definitivamente adotado  (“cristianizado”) passando a ser utilizado por toda igreja ocidental, quando  foram incluídos a celebração das festas dos “santos” e dos “mártires”. Daí  surgiu o atual “calendário dos santos da Igreja católica” (a Igreja Católica  dedica aproximadamente 42 dias no ano a um(a) santo(a)). Vários grupos  protestantes eliminaram completamente o calendário religioso, celebrando apenas  alguns eventos que consideram importantes (ex: Natal). 
2.  DEFINIÇÃO DE ALGUNS TERMOS: 
Santo: 
No  Antigo testamento a palavra hebraica mais usada (cerca de 116 vezes) para  descrever “santo” é “QADOSH”, que significa “separado”. No Novo Testamento a  palavra grega para “santo” é “ÁGIOS”, que aparece 230 vezes de Mateus a  Apocalipse, e significa “separados pelo Senhor como Sua possessão peculiar”. 
“Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de  propriedade exclusiva de Deus...” - 1 Pedro 2.9 
Na Igreja Primitiva  todos os crentes eram chamados de “santos”, mesmo quando o seu caráter ainda não  estava completamente formado (ex: At 9.13, 32; 26.10; Rm. 8.27; 12.13;  15.25,26). 
“...segundo a vontade de Deus é que Ele (Jesus) intercede  pelos santos”. - Romanos 8.27 
“Ele mesmo concedeu uns para  apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, outros para pastores  e mestres, com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do seu  serviço, para a edificação do Corpo de Cristo”. - Efésios 4.11,12 
Canonização: 
Dentro do catolicismo romano este é o  nome dado ao decreto que inclui uma pessoa na categoria dos “santos”, os quais  são recomendados à veneração dos fiéis. A condição para que a pessoa seja  “beatificada” é que já tenha falecido e que pelo menos dois de “seus milagres”  tenham sido confirmados. O papa, então, proclama a canonização. 
De  acordo com a teologia romanista, os indivíduos canonizados acumularam um tesouro  de méritos, mediante suas vidas “inculpáveis” e a prática de “boas obras”. Esses  méritos em “reserva”, então, podem ser colocados à disposição de cristãos de  menor envergadura, em resposta às orações feitas aos “santos”. 
A palavra  de Deus declara que existe apenas um Mediador e Intercessor entre Deus e os  homens: Jesus Cristo. 
“Porquanto há um só Deus e um só mediador  entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem”. - 1 Timóteo 2.5 
“...o qual está à direita de Deus e também intercede por nós”. -  Romanos 8.34 
3. A QUESTÃO DA IDOLATRIA 
Idolatria, no grego “EIDOLOLATRIA” significa: “culto aos falsos deuses”  ou “adoração de ídolos”. Esta adoração pode se referir a ídolos ou imagens  propriamente ditas, ou então a tudo aquilo que porventura ocupe o lugar de Deus  no coração do homem. Por que Deus abomina qualquer tipo de idolatria? 
- Sl 115.4-7; 1 Co 8.4 - A Bíblia afirma que o ídolo em si é  apenas um pedaço de madeira, pedra, etc., esculpido por mãos humanas, que nenhum  poder tem em si mesmo. 
- Êx 20.3-5; Is 42.8 - O nosso Deus não  divide a sua Glória com ninguém. 
- Ez 14.3,4 - Note que há  ídolos que levantamos em nossos corações (ex: avareza: Cl 3.5). Precisamos  identificá-los e renunciar a sua força em nós. 
- Dt 18.9-12; Is  8.19,20 – O ato de comungar com pessoas que já morreram ou idolatrá-las  está ligado à prática do espiritismo, magia negra, leitura de sorte, feitiçaria,  bruxaria, etc. Segundo as escrituras, todas estas práticas envolvem submissão e  culto aos demônios, e são abomináveis ao Senhor. 
OBS: a definição da  Enciclopédia Britânica (BARSA) para FESTA RELIGIOSA é: Um dia consagrado à  memória ou à comemoração de um evento histórico religioso. 
- Dt  32.17; Sl 106.36; 1 Co 10.20,28 - Por traz de cada ídolo há demônios que  estão agindo, os quais são seres sobrenaturais controlados pelo Diabo. Noutras  palavras, o poder que age por detrás da idolatria é o dos demônios. 
Ex:  Alguns “santos” da Igreja Católica e sua correlação com entidades espíritas: 
- Iemanjá ? Senhora Aparecida. 
- Xangô ? São Jerônimo. 
- Oxossi ?  São Sebastião. 
- Iorí ? Cosme e Damião. 
4. A CELEBRAÇÃO DO  “DIA DE SÃO JOÃO” 
Registros históricos declaram que no século  sexto, missionários foram enviados para o norte da Europa para juntar pagãos ao  grupo romano. Eles descobriram que o dia 24 de junho era muito popular entre  esses povos, pois era quando ocorria o solstício de verão (solstício: época em  que o sol afasta-se o máximo possível da linha do equador). Procuraram, então,  cristianizar este dia, mas como? Por esse tempo o 25 de dezembro havia sido  adotado pela igreja romanista como o natalício de Cristo. Desde que 24 de junho  era aproximadamente seis meses antes de 25 de dezembro, por que não chamar este  o natalício de João Batista? João nasceu, devemos lembrar, seis meses antes de  Jesus (Lc. 1:26,36). Assim sendo, o dia 24 de junho passou a ser conhecido no  calendário papal como sendo o Dia de São João. 
Na Bretanha (Inglaterra),  antes da entrada do cristianismo, o 24 de junho era celebrado pelos druidas com  fogos de artifícios em honra ao deus Baal. Quando este dia tornou-se dedicado a  São João, os fogos sagrados também foram adotados e tornaram-se “as fogueiras de  São João”! 
Ainda hoje o dia 24 de junho é largamente celebrado na  Escandinávia, na Alemanha e na Finlândia com fogueiras pagãs. A história relata  que até o século passado os camponeses da Finlândia praticavam encantamentos  mágicos durante o solstício de verão, a fim de obterem maior fertilidade nos  animais. 
No Brasil as “festas juninas” são realizadas em todo o país no  mês de junho (daí o nome “juninas”, e culminam no Dia de São João). O principal  momento da festa é a quadrilha, em que vários casais vestidos de caipira encenam  uma cerimônia de casamento (que normalmente não acontece). 
CONCLUSÃO: 
1. NÃO PODEMOS AGIR COMO  IGNORANTES (Ingênuos, imprudentes, néscios) - Ef 6.2; Ef 5.15; 2 Co  2.11; Ef 4.27 
2. SE TEMOS O CONHECIMENTO DE QUE ALGO É  CONSAGRADO A ÍDOLOS, DEVEMOS NOS ABSTER - 1 Co 10.27,28; 2 Co  6.14-17; Ef 5.11 
3. TEMOS A RESPONSABILIDADE DE ENSINAR  NOSSOS FILHOS A SE POSICIONAREM - Não podemos transferir para a Igreja  a responsabilidade que é nossa – Dt 6.3-9; Pv 22.6 
4.  PRECISAMOS FUGIR DE TODA A APARÊNCIA DO MAL - 1 Co  10.23-33; Pv 6.28 
FONTES DE PESQUISA: 
- Babilônia: A  Religião dos Mistérios – Ralph Woodrow. 
- Enciclopédia Britânica – BARSA. 
- Enciclopédia de Bíblia e Filosofia 0- R. N. Chaplin e J. M. Bentes. 
-  A sabedoria das Runas (livro secular). 
- A umbanda e as suas ordens (livro  secular). 
