MUSICOGRAMA

Nova série musical da TV Brasil estréia no dia 3 de maio
 
 
Apresentar a música popular brasileira às novas gerações. Esta é a proposta de Musicograma, nova série musical da TV Brasil que resgata a história dessa arte, a partir da digitalização do acervo da emissora. O programa semanal, que estréia no dia 3 de maio, à 0h30, traz em cada episódio dois grandes nomes da MPB. São imagens únicas como o duo de Rafael Rabelo e Elizeth Cardoso em um show no Teatro João Caetano, no início dos anos 80. Outra preciosidade é o dueto de Lúcio Alves e Dick Farney cantando a música Tereza da Praia, de Tom Jobim e Billy Blanco, no episódio 'Precursores da Bossa Nova'.
 
A origem mineira de Clara Nunes e João Bosco; a autenticidade da música regional de Gonzagão que influenciou seu filho, Gonzaguinha; o amor pela escola de samba Mangueira, cantado por Cartola e por Beth Carvalho. Essas relações, que vão além da música, entre dois artistas são a base da linha narrativa do programa. Cada edição de 30 minutos possui um tema voltado para o viés regional, herança musical, escolas de samba, duos, instrumentos, entre outros. Além dos musicais, os episódios também exibem depoimentos e curiosidades revestidos com uma roupagem contemporânea.

 
Na estréia, o episódio 'As Minas Gerais de Clara Nunes e João Bosco' mostra cenas de um especial de fim de ano com Clara Nunes, em 1979, gravadas no Parque da Cidade, no Rio de Janeiro. No especial, a música Guerreira, de Clara Nunes, é filmada em um plano sequência que dura mais de 2 minutos sem cortes numa linguagem cinematográfica. A cena foi produzida pelo jornalista, compositor e radialista Fernando Lobo, e a fotografia é de José Guerra, o Guerrinha. No mesmo programa, imagens de João Bosco em uma roda de samba cantando Linha de Passe. E a primeira interpretação do músico de O Bêbado e o Equilibrista.

 
Segundo o diretor do programa, Luiz Carlos Pires, cada musical guarda uma história. São mais de 200.000 horas de material, que vem sendo recuperado desde 2006. As imagens passaram por um processo de digitalização realizado por uma equipe especializada da emissora. O áudio também recebeu uma atenção especial. Musicograma revela um precioso acervo audiovisual, momentos históricos da MPB de um tempo que já se passou, mas que nunca poderá ser esquecido!

 
O diretor Luiz Carlos Pires garimpa o acervo em busca de imagens raras
 

Luiz Gonzaga reconta a sua vida em uma música de mais de sete minutos. À vontade no Morro da Mangueira, Cartola ao lado de Dona Zica. Moreira da Silva e Jards Macalé dividem o palco no Projeto Pixinguinha.

 
Essas e outras cenas memoráveis da música popular brasileira poderão ser vistas pelo público no Musicograma, nova série musical da TV Brasil. O projeto só foi possível graças à digitalização do acervo da antiga TVE. Um dos maiores do país dentro do tema, segundo o diretor do Musicograma, o veterano Luiz Carlos Pires. “Programas sobre música são uma tradição na TV pública brasileira. A TVE sempre teve e a TV Brasil vai manter isso”, comenta.

 
Diretor da antiga TV Educativa durante as décadas de 70 e 80, o próprio Luiz Carlos Pires ajudou a montar parte desse acervo que hoje serve de fonte para o Musicograma. Entre outros profissionais, Pires também lembra o trabalho de Dermeval Netto, Hermínio Bello de Carvalho e Carlos Alberto Loffler, na direção de musicais.

 
Sobre a concepção do programa, ele explica que, a cada episódio de meia hora, serão exibidos momentos de dois nomes da Música Popular Brasileira, unidos por um vínculo comum. Essa ligação pode ser feita de várias maneiras. “Podem ser ligações regionais, como 'As Minas Gerais de Clara Nunes e João Bosco', familiares, como 'Gonzagão e Gonzaguinha', ou instrumental, como 'o violão de sete cordas de Rafael Rebello e Yamandu Costa'”, exemplifica.

 
Para Luiz Carlos Pires, a escolha de falar de dois artistas ao mesmo tempo enriquece a proposta. “Falar de uma pessoa só seria cômodo, mas com duas nós podemos fazer links, acrescentar informações”. Como exemplo, Pires cita o programa sobre Cartola e Beth Carvalho. “Temos o compositor e a Beth, que ajudou a popularizá-lo. Podemos ver os dois interpretando As Rosas Não Falam. Um valoriza o outro”, defende.

 
Além do material com depoimentos e apresentações do acervo digitalizado, serão adicionados dados e curiosidades sobre os artistas. “O programa tem uma linguagem mais pop. Toda a programação visual é feita para dar uma cara nova às imagens de acervo, muitas antigas.”, explica Pires. A recuperação dos musicais, no entanto, não significa que as novidades da MPB vão ficar de fora. “O acervo não significa apenas coisa velha. Vale usar o material do ano passado. Temos um bem recente, por exemplo, que vai falar sobre a nova Lapa de Teresa Cristina e Roberta Sá”, ressalva.

 
O Musicograma vai ao ar toda segunda, à 0h30, com reprise as sextas, às 18h30.

 

EBC

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