BANCOS SUÍÇOS: “ESGOTO” DA CORRUPÇÃO MUNDIAL

Postado em 3 de fevereiro de 2012 por  em Sem categoria | Nenhum Comentário
“A Suíça tem um trunfo que a Grã-Bretanha não tem: é o lugar onde todos pôem o seu dinheiro”. W. Oppenheimer: El País 27/12/2011
O jornalista catalão (apesar do nome) só não disse que tipo de dinheiro a Suíça atrai (o tema de seu artigo era outro). Não são os “rendimentos elevados” do capital o atrativo para o dinheiro que aporta aos bancos suíços: é apenas dinheiro sujo mesmo. O que despertou o meu interesse no assunto, aliás, foi a prisão de dois suíços em SP, há poucos anos. Estavam intermediando a evasão de nossas divisas. A princípio, pensei que eram apenas criminosos, até descobrir serem representantes oficiais dos bancos suíços.
Por que os EUA e outros, quando listam “nações terroristas e criminosas” (Irã, C.Norte, Cuba…), esquecem-se da Suíça? Porque é lá que as suas próprias elites endinheiradas—inclusive os donos da mídia—colocam o dinheiro que desviam dos seus povos. Tratam do assunto com tanta naturalidade que as pessoas comuns começam a achar normal a existência de um país que vive em torno e em função de: corrupção, sonegação e evasão de divisas. Estão lá ainda: a C.Vermelha, a FIFA, a OMS e os grandes laboratórios.
Durante muito tempo, acusei aquele país como responsável único por esse papel sujo na Europa. Cheguei a dizer: se é suíço e não é: canivete, chocolate ou relógio…então é fraude! Hoje, penso de maneira um pouco diferente: só o interesse dos grandes capitais contra seus países de origem pode criar e fazer prosperar aquele enclave no meio da Europa. A Suíça nada mais é do que a RECEPTADORA  de quase todos recursos deviados dos povos do mundo. Por isso, pode ser considerada uma espécie de ESGOTO MORAL (OU IMORAL) DO CAPITALISMO MUNDIAL: o esgoto por onde passam todas as sujeiras que as grandes corporações promovem contra a gente simples e ingênua de todos os países. ENGANADOS E VILIPENDIADOS DE TODO O MUNDO, UNI-VOS!
Tudo isso, aliás, é muito antigo. Durante a IIGGuerra, aquele país se declarou neutro e aceitou que a Alemanha lá instalasse muitas de suas fábricas de armamento. Quase todo o ouro roubado aos judeus foi parar nos bancos suíços e eles tudo fizeram para não o devolver a seus legítimos donos. Provou-se até que o ouro arrancado dos dentes dos judeus dos C. de Concentração foi mandado para os mesmos bancos suíços. A taxa de mercúrio que havia nele era a prova da sua origem. Quem disse que se importam com esses dados macabros?
Não falo mal do povo daquele país. Seria muito injusto. Mas é impossível se viver em um lugar e ficar imune a certas influências. Recentemente, uma funcionária pública suíça que denunciou corrupção de um dos seus chefes —confirmada, diga-se de passagem—foi presa por ter ferido uma lei que impede funcionários públicos de dar declarações daquele tipo à imprensa. E essa punição foi depois da confirmação da veracidade de sua denúncia!
Sem dúvida, todo organismo precisa de um esgoto. A corrupção internacional, com suas múltiplas ramificações, tornou-se um “organismo”, logo: precisa de um esgoto. A Suíça é esse esgoto. Vejam que não falo da “criminalidade sangrenta”: aquela que envolve máfias, tráfico de drogas, sequestros, etc. Aliás, a grande questão dos “criminosos um tanto refinados”, é: como se separar da sujeira associada à violência e ao terrorismo, uma vez que o“sacro santo” sigilo bancário suíço serve para todos os fins escusos. Por definição, TODO ESGOTO É MUITO “DEMOCRÁTICO”.

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